Uma rápida olhada nas mídias sociais deixa claro que muitas mães parecem não gostar da vida diária com seus filhos. Os memes são quase todos sobre roupas sujas sem fim, filhos berrando, maridos que não estão nem aí, e um desejo de vinho ao meio-dia.
Muitas acham que o trabalho diário de uma mãe (ou seja, o cuidado geral de filhos e a manutenção de um lar) seja simultaneamente insignificante e incrivelmente difícil. Essas mulheres que dizem que tanto amam seus filhos estão claramente desconfortáveis ou infelizes. Algumas estão provavelmente cansadas pelo sofrimento que acompanha a vida nesta terra. Outras provavelmente estão presas na rotina de um hábito improdutivo.
O trágico é que a maternidade não tem que ser assim. Cuidar de um lar e dos filhos pode ser recompensador. Difícil, sim, como qualquer coisa que valha a pena fazer; mas também verdadeiramente inspirador. Como diz a Palavra de Deus, “Filhos são herança do Senhor, uma recompensa que ele dá…Como é feliz o homem [ou mulher] que tem a sua aljava cheia deles” (Salmo 127:3-5)
UM MITO DESTRUTIVO
Muitas mulheres estão sabotando sua própria alegria, porque acreditam num mito peculiarmente destrutivo. É a ideia de que tudo o que elas não sabem fazer não pode ser feito. Elas não sabem como ensinar seu filho pequeno a ser obediente; portanto, filhos pequenos não são controláveis. Elas não sabem como administrar lavagem de roupas e as compras de supermercado; então, a vida de uma mãe é inerentemente um ciclo louco de trabalho injusto. Elas tentam – talvez tentem duramente – e desistem. Elas decidem que, assim como o trabalho de parto, toda a maternidade é algo para se aguentar.
Mas a verdade encontrada na Palavra de Deus diz que maternidade é algo para ser aprendido. Tito 2:4-5 ensina que as mulheres mais idosas devem “orientar as mais jovens a amarem seus filhos, a serem prudentes e puras, e a estarem ocupadas em casa…” Devem considerar que suas vidas poderiam ser melhores se elas só aprendessem novas habilidades e hábitos de fontes adequadas.
Ser uma mãe fiel (não perfeita! Isso não vai acontecer!) é difícil. Mas somos capazes de aprender a fazer coisas difíceis muito bem. É um fato que as pessoas apreciam mais aquilo que fazem bem, então vale a pena investir o necessário para aprender a administrar a maternidade de uma forma digna e correta. Provérbios 14:1 diz que “a mulher sábia edifica a sua casa, mas com as próprias mãos a insensata derruba a sua”.
O RECONHECIMENTO DO VALOR DAS TAREFAS
Nós, mulheres, não teremos a energia emocional para nos dedicar a tarefas domésticas e disputas infantis, até que tenhamos a coragem de reconhecer essas tarefas como significativas em nossa vida. Precisamos restabelecer nossos lares como lugares onde algo valioso e produtivo é feito e construído. Isso requer uma mudança de atitude e de hábitos. Em primeiro lugar, precisamos reconhecer que cuidar de nossas famílias é uma vocação. É o maior presente que podemos dar aos nossos filhos. Ensinar e educar nossos filhos nos caminhos do Senhor não é coisa insignificante. Quem não o faz vai sofrer as consequências (Prov 10:1b, 17:21, 29:15b) e quem o faz vai colher a benção de Deus (Prov 10:1a, 23:24-25, 29:17, 31:28)
O PROPÓSITO DA MATERNIDADE
Talvez precisemos repensar por que nós tivemos filhos. Nossos filhos não são animais de estimação, nem acessórios. Eles não são objetos que tornam nossa vida mais divertida. Em vez disso, eles são seres humanos com suas próprias necessidades e natureza humana pecaminosa. A maternidade não vai produzir satisfação se nosso alvo maior é a realização pessoal. A maternidade é uma maneira única e abençoada de investir nos outros.
Também precisamos construir lares que não se centram em torno do consumo de bens. Nosso trabalho como mães é criar a próxima geração de adoradores, que obedecem a Deus no temor do Senhor (Efes 5:1, Deut 6:7-9). Isto acontece quando as mães aprendem a ensinar, disciplinar e educar seus filhos conforme o padrão bíblico. Assim vamos ver o verdadeiro significado no que fazemos como mães.
Não podemos aprender tudo de uma vez. Mas um perigo da maternidade moderna é a tendência de medir o que é “normal” pelo que vemos entre as nossas amigas ou o que vemos em fóruns on-line. Infelizmente, esta amostra é muito pequena e distorcida. Ela pode nos desculpar da nossa própria preguiça em casa, mas seria melhor procurar mulheres maduras que já criaram filhos tementes a Deus, bem ajustados e gentis e que têm o desejo de nos ajudar a orientar adequadamente nossas prioridades. Isto é o padrão bíblico!
Diane Hofer Ellis
Missionária americana servindo a mais de 20 anos no Brasil. Casada com o pr. Dr. Mark Ellis e mãe de cinco filhos, 3 noras e 8 netos. Seu ministério foca o mentoreio de mulheres mais novas.
*(Este artigo que originou de Anna Mussmann foi adaptado por Diane Ellis. Seu trabalho original pode ser encontrado no blog:
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