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Gay e cristão? por pr. Nelson Galvão


De acordo com o site de notícias G1 (19/06/2017) a parada do Orgulho LGBT de São Paulo aconteceu neste domingo (18) em São Paulo e contou, de acordo com os organizadores, com 3 milhões de pessoas. O tema deste ano foi: “Independente de nossas crenças, nenhuma religião é lei. Todas e todos por um estado laico”. Segundo o site, em entrevista à Globo News, Anitta disse antes de se apresentar: “suas crenças religiosas não têm a ver com a sua orientação sexual. Acho importante que todos aprendam a respeitar as diferenças do outro e a liberdade das pessoas”(grifo meu).

Esse discurso está concatenado com a cultura hegemônica dos meios de comunicação.

A palavra de ordem é “tolerância”. Vivemos em um mundo globalizado, com as distâncias diminuídas e a resultante convivência com o multiculturalismo.

Diante dessa diversidade de culturas (formas de agir, pensar e sentir), acredita-se que é necessária a revisão de valores e padrões morais de um determinado grupo que ameace a pluralidade. Com isso, os padrões que impedem a agenda pluralista são desconstruídos.

Dessa forma, o conceito de amor é subjetivamente e intencionalmente atrelado ao de tolerância, e o resultado é que, para muita gente “amar” significa aceitar o relacionamento homoafetivo. Aqueles que não aceitam são tidos como intolerantes, arcaicos, retrógrados, fundamentalistas.

É evidente que o cristão não é homofóbico. Isso iria diametralmente contra os princípios de que o próprio Cristo nos ensinou. Por isso é totalmente inaceitável os maus tratos físicos, ou morais, a pessoas que se identificam como homossexuais.

Por outro lado, para o cristão fé e sexualidade tem tudo a ver. Jesus citou o Genesis favoravelmente, mostrando estar de acordo com a visão heterossexual e monogâmica do casamento. Veja:

“Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” (Mt 19.5; cf. Gn 2.24).

Para o discípulo de Cristo foi Deus quem criou o ser humano (Gn 1.24-30). Sendo assim, a despeito de tudo o que a sociedade pluralista tem dito, dentre as implicações da criação, está a seguinte: o gênero e a sexualidade não são questões de opção, mas sim de determinação e dádiva do Criador.

Isso significa que aquele que opta por uma sexualidade que está fora dos planos originais do Criador está em rebeldia contra Deus.

É exatamente isso que Paulo vai apontar ao escrever Romanos. No cap. 1.18 ss, Paulo assevera que o ser humano tem o conhecimento do Criador por meio daquilo que foi criado. Porém, ao invés de dar glória a Ele preferiu rebelar-se contra quem o Criou. Por conta da rebeldia humana, Deus entregou o homem às suas próprias paixões (Rm 1.24). Assim, o ser humano, entregue à sua própria sorte, por conta de sua rebeldia, mergulha em um mar de ações que são cada vez mais infames. Dentre estas está o homossexualismo:

26 Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza;

27 semelhantemente, os homens também, deixando o contacto natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro. (Rm 1.26,27).

O curioso é que Paulo continua esse texto mencionando mais uma vez a questão de Deus entregar o ser humano a suas próprias paixões. Mas dessa vez ele menciona a “disposição mental reprovável”:

28 E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes (Rm 1.28).

Ou seja, uma forma de pensar reprovada por Deus que os leva a práticas imorais. Dentre essa forma de pensar reprovável está: “suas crenças religiosas não têm a ver com a sua orientação sexual”.

Entretanto, existe esperança para o homossexual. Não me refiro à “cura”. O termo é próprio para doenças e, homossexualismo não é doença; trata-se de mais uma manifestação de rebeldia contra o Criador.

A esperança está no próprio Cristo. Não no Cristo que o movimento LGBT de forma arbitrária quer incutir na cabeça das pessoas. Basta ler os Evangelhos e notaremos que amor, paz, unidade e a tolerância que Jesus pregava estavam sujeitos à Verdade. O amor de Jesus às pessoas não o impedia de dizer-lhes a verdade, apontar-lhes o erro e denunciar seus pecados. Muito pelo contrário, por conta do verdadeiro amor é que Jesus disse a verdade. Jesus impediu que a mulher pega em adultério fosse apedrejada cruelmente. Todavia, não deixou de confrontar o pecado dela: “vai e não peques mais”(Jo 8.11). Ele não disse: “Não se preocupe com isso!!! Sua fé não tem a ver com sua sexualidade! ”.

A esperança para os homossexuais está no Cristo de Romanos 5.8:

8 Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.

Esse Cristo não morreu por bonzinhos, mas por rebeldes. Todavia, uma vez que estes O recebem, são transformados em filhos; filhos dispostos a honrar o Criador, inclusive com sua sexualidade.

Se você leu esse texto até aqui e tem algum tipo de experiência homossexual, oro para que Deus o(a) leve a entender que o princípio da mudança não está em aceitar a sua homossexualidade, mas em aceitar que ela é manifestação da rebeldia do seu coração contra o Criador e a única maneira de você ser um verdadeiro cristão é recebendo o perdão oferecido pelo sacrifício de Cristo.

Gay e cristão? Não! Cristão e Ex-gay!

Pr. Nelson Galvão

Sola Scriptura



Nelson é casado com Simone desde 1997 e eles têm um filho. Ele é formado em História e Teologia, pós-graduado em Administração Escolar e mestre em Educação (PUC-SP). Atualmente faz mestrado em Teologia do Novo Testamento no Seminário Bíblico Palavra da Vida- Atibaia, SP. 

É pastor interino da Igreja Batista Sião (São José dos Campos-SP) e atua como diretor acadêmico do ministério Pregue a Palavra. 

Atua ainda como coordenador do grupo do Pregue a Palavra de Cuba e como professor convidado da Escola de Pastores PIBA.

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