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Momentos Cotidianos, Oportunidades Eternas. PARTE 2: ESCOLHAS. por




“Minha mãe mandou eu escolher este daqui, Mas como eu sou teimoso, Vou escolher este daqui.”  – parlenda brasileira

No mundo em que vivemos enfrentamos várias escolhas todo dia. Num fenômeno diferente da maioria da história do mundo, hoje temos o privilégio de escolhermos coisas que antigamente poucos podiam: carreira, cônjuge, onde morar, que igreja frequentar. A democracia permite que temos uma voz em quem serão as autoridades governamentais. Anticoncepcionais ou tratamentos de fertilidade até permitem que influenciemos quando e quantos filhos teremos.

Embora o poder da escolha certamente melhorou a vida de muitos, creio que a possibilidade de escolha tem se tornado um ídolo da nossa cultura. É só olhar as notícias da ideologia do gênero para perceber que o homem acha que tem o direito de escolher TUDO: gênero/sexo, papel do homem e da mulher na igreja e no lar, religião, e até mesmo a escolha de vida e morte (pensa em como o suicídio está se tornando mais e mais “aceito” pelos jovens através de filmes, seriados e brincadeiras). Afinal, para o mundo, cada um tem o direito de escolher o que lhe fará feliz, independente do que outros pensam ou falam. De fato o final de Juízes poderia ser usado para descrever essa realidade:

Juízes 21:25: “Naquela época não havia rei em Israel; cada um fazia o que lhe parecia certo.”

O nosso mundo tem rejeitado o Rei verdadeiro, assim como o povo Israelita no livro de Juízes. Mas a verdade é que Deus ainda está no Seu trono e um dia cada pessoa prestará contas ao REI. Os que estão cobertos pelo sangue de Cristo entrarão no gozo eterno e os que O rejeitaram serão lançados para sofrimento eterno.

O que isso tem a ver com os nossos filhos e as suas escolhas? Como pais, queremos ensinar para os nossos filhos que há um REI e um dia irão prestar contas diante dEle. Que esse Deus tem o direito de escolha e nós devemos obediência e submissão a Ele… e que não há alegria maior do que nos submeter a esse Deus.

Então como na prática podemos inculcar essas verdades nos nossos filhos? Aqui estão algumas idéias.

1). Não permita que o seu filho seja o “rei” ou “rainha” da família. 

Quem é a autoridade na sua família? A Bíblia é clara que os filhos devem obedecer os pais, e não o inverso. (Ef. 6:1) Na sua família quem faz as decisões – você e o seu marido ou os filhos? Vocês decidem o horário que eles dormem, acordam, o que vão comer nas refeições, qual será o passeio da família no feriado? Quando eles desobedecem as regras da família são disciplinados? Se você respondeu não, talvez o seu filho tenha se tornado o chefe da família. Dificilmente se submeterá à outras autoridades se não aprendeu a se submeter aos pais.


2). Como pais, verifiquem que seu filho não esteja se tornando sábio aos seus próprios olhos, sempre decidindo por si mesmo, mesmo em áreas amorais.

Como pais temos a liberdade de permitir que os nossos filhos tomem certas decisões. Como pais cristãos também temos o dever de ajudá-los a crescer na habilidade de tomarem decisões sábias. Porém, muitas vezes pensamos que para fazer isso devemos permitir uma certa autonomia para a criança, mesmo quando ela é bem pequena. Às vezes é melhor tirar deles algumas escolhas, principalmente quando são pequenos, e assim treiná-los desde cedo a se submeterem à autoridade, mesmo em áreas insignificantes. Ao provar que a criança consegue se submeter com uma boa atitude, ela está pronta para receber o privilégio de mais liberdade e escolhas.

Como isso funciona na minha casa? Minha filha de 4 anos tem uma opinião muito formada sobre que roupa ela quer vestir cada dia. Às vezes eu tenho percebido que se eu não concordar com a escolha dela, ou se eu fizer a escolha ela fica irada e teimosa. (Lembra da parlenda no começo?) Então certos dias eu decido o que ela vai usar para ajudá-la a aprender submissão com coração feliz. Isso não é para provocá-la a ira, mas sim para desvendar algo que está dentro do coração dela – algo que eu não enxergaria se ela fosse sempre escolher. Parece algo tão pequeno, mas eu prefiro estar lidando com isso agora do que daqui a 10 anos!

De vez em quando faça alguns testes com o seu filho para ver como está o coração dele – escolhe o filme que ele vai assistir, o brinquedo que ele vai brincar. Se perceber que é muito difícil ele se submeter a sua escolha, talvez precise passar alguns dias em que você tira muitas das escolhas dele, até que ele começa a aprender a se submeter à autoridade.


3). Incentive contentamento mesmo quando não gostamos do que foi escolhido para nós. 

Isso é difícil até para nós adultos! Quando as decisões da vida são tiradas das nossas mãos, quando as coisas não acontecem do jeito que queremos, como é difícil reagirmos confiando no nosso Pai celestial. Nosso exemplo de estarmos contentes com o que o Senhor nos proporcionou será uma grande bênção para os filhos. Você reclama constantemente sobre o trabalho de ser mãe? Sobre o seu papel como mulher? Sobre os problemas na família ou igreja? Sobre a falta de dinheiro? Ou você mostra uma atitude de alegria?

Também podemos incentivar isso nas conversas com os nossos filhos pequenos. “Deus te fez uma menina, e Ele deu tarefas muito especiais que só as meninas podem fazer. Isso é muito legal!” Seu filho vai ganhar um irmãozinho? “Quem escolhe se vamos ganhar um menino ou menina? Sim, é Deus!”


4). Converse sobre a soberania de Deus.

Mesmo com o seu filho bem pequeno você pode fazer isto! Perguntas simples como: “Quem fez você?”, “Quem nos dá comida?” apontam para um Criador soberano. Para os filhos mais velhos converse sobre como o plano de Deus é sempre perfeito – e mostra a mão dEle no dia a dia. Seu filho gosta de ciências? Converse sobre a infinita sabedoria de Deus em criar um mundo tão complexo. Sua filha aprecia arte? Fala da bondade de Deus em criar tantas cores para desfrutarmos. Algum plano deu errado? Converse sobre mesmo quando não sabemos o por quê, o plano de Deus é perfeito.


5). Enfatize que a melhor felicidade vem quando seguimos as escolhas de Deus.

O mundo acha que Deus é um grande manda-chuva no piquenique de prazeres. A Bíblia oferece outra visão:

João 15:10-11 Se vocês obedecerem aos meus mandamentos, permanecerão no meu amor, assim como tenho obedecido aos mandamentos de meu Pai e em seu amor permaneço. Tenho lhes dito estas palavras para que a minha alegria esteja em vocês e a alegria de vocês seja completa.

A verdadeira alegria provém de Deus e quando submetemos a Ele, teremos parte dessa alegria imensurável.  Podemos nos submeter a Deus pois sabemos que Ele é bom e tem o melhor para nós.  Ensine essa verdade para o seu filho com palavras e com a sua própria vida.  Essa é uma escolha que realmente vale a pena!


Michelle Merkh Zemmer


Confira a PARTE 1 dessa série:



Michelle Merkh Zemmer nasceu em Atibaia, filha de pais missionários americanos do ministério Palavra da Vida em Atibaia, São Paulo.  Formou-se em pedagogia da Universidade de Cedarville, Ohio, nos EUA onde conheceu seu marido, Benjamin, que também foi criado no Brasil.  Casados há 10 anos, o casal tem 4 filhos entre 2 e 8 anos de idade.  Depois de nascer o primeiro filho, dedicou-se ao trabalho do lar. O marido Ben trabalha em Web Design e faz parte da equipe Pregue a Palavra.  Juntos, o casal ministra numa congregação da PIBA em Terra Preta, SP.



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