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  • Foto do escritorEquipe Mulher da Palavra

Pena de morte para um filho? por Antonio Mendes



As páginas amarelas da revista Veja de 2 de março de 2005 registra a entrevista de uma mãe desesperada por saber que seu filho foi condenado à morte na Indonésia. O rapaz condenado é filho de um casal divorciado e sua pena foi motivada por tráfico de drogas.


O que chamou minha atenção nessa entrevista foi o arrependimento dessa mão que não fez em tempo oportuno o que deveria ser feito. Assim ela se expressou: “Hoje acho que deveria ter acreditado menos no meu filho – duvidado mais, checado até o fim quando ele negava certas coisas. Mas a gente nunca quer acreditar que o nosso filho é um drogado. A gente não quer admitir”.

Dona Clarrise, mãe do jovem condenado à morte, relata algo que precisa ganhar mais relevância no relacionamento entre pais e filhos: vigilância em todo tempo. Os pais são facilmente convencidos de que seu filho nunca vai ser tentado ao ponto de cair. Não é verdade! Precisamos acompanha-lo e ensiná-lo a ser sábio. Ele precisa de conselho, pois ainda não sabe andar sozinho; é imaturo. Ele precisa de orientação segura para resistir às ondas gigantescas e destruidoras do pecado. O filho tolo só dá tristeza, e nenhuma alegria tem o pai do insensato. Pv 17.21.

Outro fato que merece atenção é que dona Clarisse é divorciada. Ao longo da entrevista, fica evidente sua luta solitária para salvar o filho. O rapaz não teve o referencial do pai orientador e companheiro. Talvez a sua tendência irresponsável foi motivado pela atitude do pai ao abandonar o lar, deixando a esposa sozinha para cuidar do filho. Como é importante a vida de um casal equilibrado! O divórcio, que é odiado por Deus, merece nossa repulsa, pois destrói o lar e o torna vulnerável à ação do inimigo.

O ocorrido com dona Clarisse é o retrato da nossa quase falida sociedade. Sem Deus, sem valores e sem princípios bíblicos, de vital importância para a família, não podemos esperar outra coisa. O perigo tem rondado nosso lar e Deus quer preservá-lo para Sua glória. Eis alguns conselhos que servirão como sustentáculos para a manutenção da nossa família:

1. Não hesite em disciplinar seu filho

A educação moderna, voltada tão somente para o que o homem quer e não para o que Deus quer, irá contestá-lo e ameaça-lo. Mas não se acovarde, pague o preço de seguir os ditames divinos, pois só assim sobreviveremos como lares dignos de serem chamados cristãos. Quem se nega a castigar seu filho não o ama; quem o ama não hesita em discipliná-lo. Pv. 13.24. Discipline seu filho, pois nisso há esperança; não queira a morte dele. Pv 19.18.

2. Ensine seu filho a escolher os amigos

Cuidado com a alegação do seu filho: “Não tem nada a ver”. Não se iluda, tem, sim, muito a ver com quem seu filho anda. A ordem bíblica é para não andar com os dissolutos. Podemos testemunhar a eles, mas andar com eles, não. Além das influências que poderão afetar nosso filho, há o comprometimento de andar com quem não teme ao Senhor. Ouça, meu filho e seja sábio; guie o seu coração pelo bom caminho. Não ande com os que se encharcam de vinho, nem com os que se empanturram de carne. Pv 23.19-20.

3. Ensine seu filho a amar a Deus

Como são preciosas as horas que investimos na educação cristã de nosso filho. À medida que saturamos sua mente com a Palavra do Senhor, fechamos o cerco para a ação livre do inimigo. O texto abaixo nos ensina duas coisa importantes: ensiná-lo a amar a Deus de todo o coração e persistimos no ensino.

Ouça e obedeça, ó Israel! Assim tudo lhe irá bem e você será muito numeroso numa terra onde manam leite e mel, como lhe prometeu o Senhor, o Deus dos seus antepassados. “Ouça, ó Israel: O Senhor, o nosso Deus, é o único Senhor. Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças. Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração. Ensine-as com persistência a seus filhos. Dt 6.3-7a.

4. Dê ao seu filho um lar como Deus quer

Deus quer um lar como Ele determina em Sua Palavra. Marido amando sua esposa como Cristo amou a igreja (Ef 5.25); esposa submissa ao marido como ao Senhor (Ef 5.22); pais não provocando seu filho à ira (Ef 6.4) e filho obedecendo a seus pais (Ef 6.1-2). Quem é o responsável pelo gerenciamento do lar? O marido, pois ele é o cabeça do lar (Ef 5.23). O homem precisa assumir o papel que Deus lhe deu e ser o cabeça do lar assim como Cristo é o cabeça da igreja. Lamentavelmente há muitas esposas e mães desiludidas, desesperadas e solitárias com a falta de liderança de seus esposos. Com isso, o lar se desestrutura e as consequências são desastrosas.

5. Ensine seu filho a amar a Igreja

Confesso que não tenho nenhuma fonte de pesquisa para afirmar o que vou dizer. Mas, pela experiência de vida cristã, ministério pastoral e pela convicção de que Deus honra aqueles que lhe são fiéis, posso afirmar que, os pais amam a igreja, que envolvem sua família nos ministérios que são frequentes aos cultos e à EBD, que são dizimistas, que ofertam para missões e que ajudam os necessitados, dificilmente perderão seus filhos para o mundão. OS filhos terão gravado em seu coração a marca da responsabilidade dos pais que sempre priorizam Deus e sua Igreja. Seus ensinamentos se constituirão em legado para o seu futuro.

Certa mãe foi exortada pelo seu pastor que não relegasse a igreja a segundo plano. O pastor estava muito preocupado com o filho dessa mãe relapsa para com a igreja. A mãe não ouvia a exortação. Alegando que o culto da manhã e a EBD começavam muito cedo e ela precisava dormir até mais tarde no domingo.

Seu filho cresceu distante dos ensinos preciosos de que ele tanto precisava. Mais tarde, quando o filho já era adulto, aquela mãe não levantava tarde como antes, mas sim muito cedo, para abrir a porta para um drogado e bêbado vindo de suas noitadas.

Pena de morte para nossos filhos? Jamais! Vamos leva-los ao pé da cruz, aceitando Jesus como único e suficiente salvador de sua vida. Permeemos a mente deles com princípios eternos que os levarão à vida abundante, que os farão beber da água e comer do pão e nunca terão sede e fome. Confiemos nas santas promessas de Deus apeguemo-nos a elas até o dia em que o Senhor nos chamar. Amém!

Antonio Mendes


Extraído do livro: Lições para a Vida. p. 13-16.

Publicado com permissão.





Casado com Cida Mendes, pai de três filhos e avô de quatro netos.

Pastor da Primeira Igreja Batista de Atibaia há 37 anos.

Presidente/ fundador do Ministério Pregue a Palavra

Foi presidente da Ordem dos Pastores Batistas Secção São Paulo, Presidente da Convenção Batista do Estado de São Paulo e membro da Junta de Missões Mundiais da CBB.


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