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Podadas para Florescer, por Bunny Wilson



O texto abaixo foi extraído do livro Mulher Cristã, de Nancy Leigh DeMoss, (Org.), Ed. Vida Nova, p. 113-116*.  Acredito que reflete o que Jesus disse e por isso compartilho com vocês:


“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo o ramo que está em mim e não dá fruto ele o corta; e todo ramo que dá fruto, ele o limpa, para que dê mais fruto. “ (João 15: 1,2).


Podadas para Florescer, por Bunny Wilson

Era uma vez um velho ramo de videira; já fazia um bom tempo que ele vivia naquele vinhedo. Certo dia, um novo ramo foi plantado na fileira do lado. O ramo mais novo cresceu, desenvolveu outros ramos e deu frutos.


Num dia calorento de verão, o ramo mais novo se encheu de coragem e, dirigindo-se ao mais velho ramo, comentou com voz estridente: “Deve ser muito legal saber que as pessoas vêm de longe saborear a doçura de suas uvas.”


O velho ramo concordou.


Mais animado, o ramo jovem continuou: “Em conversa com outros ramos, fiquei sabendo que suas uvas são as mais doces daqui.”


O velho ramo sorriu.


“Quando eu crescer, quero ser igual a você!! Como posso dar frutos tão doces quanto os seus? Farei tudo o que você disser. ”


O velho ramo olhou para o mais jovem e lembrou-se do dia em que quando era moço havia feito a mesma pergunta a um ramo mais velho. Com sua voz de barítono, ele deu a mesma resposta que havia recebido há muito tempo: “ Esteja pronto. ”


O ramo mais jovem matutou com a frustação: Esteja pronto? Eu digo que faço o que for necessário para dar frutos bem doces, e tudo que ele responde é “ Esteja pronto”? O jovem, então, virou-se para outro ramo e iniciou uma conversa que, segundo ele achava, era mais proveitosa.


[…]Era uma manhã fria de outono, o ranger do velho portão de madeira se abrindo acordou o ramo jovem. Ao olhar para a ponta da fileira, ele viu o jardineiro entrando. Geralmente os ramos batiam palmas e faziam festa quando o jardineiro aparecia. Mas hoje havia algo estranho no ar. O silêncio tomou conta do vinhedo.

O jardineiro parou junto ao primeiro ramo da fileira; e o ramo jovem estava certo que ele tinha vindo elogiar seu amigo pelo belo crescimento. Mas, observando atentamente, o ramo jovem percebeu que o jardineiro se dobrou sobre um joelho, pegou uma tesoura afiadíssima do bolso de trás das calças e foi em direção a seu companheiro de fileira.


Agindo por instinto, o ramo encolheu suas folhas, e o jovem amigo começou a implorar: “Para, para! Por que você está fazendo isso comigo? Não tenho produzido uvas docinhas? Não tenho honrado o vinhedo? Por favor, eu imploro, não me trate assim!”.


Antes que o ramo jovem  piscasse, seu amigo estava inteiro no chão, a não ser pelo caule. O jovem voltou-se para o velho ramo e perguntou baixinho, morrendo de medo: “ O que está acontecendo? Por que o jardineiro fez isto?


O velho não respondeu.


O jovem ramo esforçou-se para entender e, então soltou : “ Ah, entendi! Sempre achamos que o jardineiro gostava daquele ramo, mas estávamos enganados. ”


O velho respondeu: “Não é nada disso. Na verdade, o que o jardineiro acabou de fazer prova que ele ama muito aquele ramo”


“Ah, eu sabia disso. Há outra explicação. Sempre achamos que as uvas daquele ramo eram doces, mas não eram. “


[…]“Entendi, entendi. Já sei o que é. O ramo fez algo de errado, então o jardineiro lhe aplicou um castigo, mas não vai nos dizer o motivo; “


[…]O velho ramo explicou: ” Aquele ramo não está sendo castigado. Ouça bem – seu amigo está sendo podado, não porque seu fruto era azedo, mas porque o jardineiro queria mais doce ainda. ”


[…]O ramo jovem exclamou: “ Acontece que você não tem de  se preocupar  em ser podado. Suas uvas são as mais doces do vinhedo!!!


“Eu quero ser podado. ”


“Como é? Deve doer muito, e você vai ficar com uma cara esquisita. ”


O velho ramo deu um risinho respondeu; “Admito que é bastante incômodo. Olhe, meu jovem amigo, sei que você me acha bonitão, porém há fungos crescendo dentro de mim, e ninguém vê. Se continuarem lá, a qualidade de meus frutos irá diminuir.



[…] quando o jardineiro vier podar você, lembre-se de que ele só faz isso com os ramos que lhe pertencem, o que é uma honra. Ele não poda porque queremos fazer coisas erradas, mas porque queremos fazer o que é certo. Não porque nos falta doçura, mas porque ele quer que sejamos mais doces ainda. E nunca se esqueça, meu jovem, de que ser podado significa que você irá florescer novamente. ”


Nessa hora, o jardineiro se aproximou do velho ramo e o ramo novo observou-o levantar as folhas bem alto. O jovem ouviu um ruído de corte, e o velho ramo caiu no chão, exceto pelo caule. O jardineiro, então, voltou-se para o ramo jovem. Suas folhas tremiam, e lágrimas lhe banhavam o rosto, mas, juntando todas as forças que possuía, ele ergueu bem alto as suas folhas. O jovem fitou o jardineiro e disse: “Jardineiro querido e amoroso, estou pronto.”



Nancy Leigh DeMoss, (Org.). Mulher Cristã: Repensando o papel da mulher à luz da Bíblia. Tradução: Eulália Pacheco Kregness. São Paulo: Vida Nova. 2012. *Publicado com permissão. 


Nancy Leigh DeMoss é apresentadora de dois programas de rádio nos Estados Unidos: Revive Our Hearts [Aviva nossos corações] e Seeking Him [Buscando a Deus]. Seus livros já venderam mais de um milhão de cópias. Tem trabalhado desde 1980 na organização cristã Life Action Ministries. Também tem participado como conferencista em diversos eventos e retiros, nos quais fala de seu chamado para trabalhar por avivamento, seja pessoal ou coletivo. É organizadora do livro Mulher Cristã: repensando o papel da mulher à luz da Bíblia, publicado por Vida Nova.

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