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Foto do escritorEquipe Mulher da Palavra

Tornando-se uma mulher de discernimento, por Nancy Demoss Wolgemuth parte 2,


                                      Marcas da Mulher Tola


   1. O poder da língua


A primeira característica dada a mulher tola, que observamos no capitulo 7 de Provérbios, verso cinco é que ela “lisonjeia com suas palavras” . Por todo o texto bíblico, vemos o poder da língua. Nossa língua têm o poder de destruir os nossos lares e os lares dos outros. A morte e a vida estão no poder da língua – a habilidade de destruir e curar.

A mulher imoral usa sua língua – suas palavras – para seduzir e sobrepujar os homens. O escritor volta a este tema no verso vinte e um de provérbios: “Assim, o seduziu com palavras muito suaves e o persuadiu com as lisonjas dos seus lábios.”

Você pode estar se perguntando como uma mulher pode forçar um homem a ceder a ela? Ela o faz com sua língua.


“Porque da janela da minha casa, olhando eu por minhas frestas, vi entre os simples, descobri entre os moços, um moço falto de juízo”(Proverbios7.6-7)

          O autor agora começa uma descrição detalhada de como exatamente esta mulher tola e imoral faz deste jovem – um jovem simples e tolo – a sua presa. Falta a ele um bom julgamento e ele é descuidado. Ele é  moralmente instável e a mulher tola vai tirar vantagem dele. (É claro que o homem também é responsável pelo que ocorre nesta passagem, como em qualquer relacionamento imoral, mas nosso objetivo aqui é focar na nossa responsabilidade como mulheres.)


           2.Escolhas Erradas


            Tanto o jovem quanto a mulher tola fazem escolhas conscientes que os colocam no lugar errado na hora errada.  “Que passava pela rua junto à sua esquina, e seguia o caminho da sua casa; no crepúsculo, à tarde do dia, na tenebrosa noite e na escuridão.” (Prov 8.9). Esta passagem ilustra a importância de ficar longe de lugares e situações onde o instinto natural seria fazer algo errado. Este é um princípio valioso para todo crente, que devemos ensinar aos nossos jovens para sua proteção moral e espiritual.

            A informação de que tal encontro se dá à noite aparece três vezes. O par acaba junto, sozinhos no escuro. Ao invés de evitar o potencial para fazer o mal, este homem tolo abre caminho até a casa onde há uma mulher com quem ele acabará num relacionamento imoral, como imãs que são atraídos um para o outro. Ambos se colocam num cenário (tempo e lugar) onde estarão vulneráveis à tentação e ao pecado.

             É por isso que é tão importante cuidarmos dos nossos passos e escolhas nas “pequenas coisas”. Os lugares onde vamos, os livros e revistas que lemos, as músicas que ouvimos, a diversão que desfrutamos, os sites que visitamos – estas coisas ou alimentam nossa carne (nossas inclinações naturais) ou elas alimentam o nosso espírito.

            Quando uma relação imoral chega a acontecer de fato, uma mulher pode ter emoções que ela sente que não consegue controlar:  “Eu sei que não deveria estar envolvida com este homem, mas não consigo evitar o que sinto.” Provavelmente, estes sentimentos foram estimulados por escolhas tolas que ela justificou para si e para outros. A mulher tola coloca-se em lugares, situações e relacionamentos onde o potencial para fazer o mal existe.


3.Insatisfação


“E eis que uma mulher lhe saiu ao encontro com enfeites de prostituta, e astúcia de coração.”(v. 10)

        Note que esta mulher não é uma prostituta de verdade, embora ela exiba muitas características semelhantes. O verso catorze sugere que ela é uma “mulher da igreja”.  Ela é religiosa; ela tenta espiritualizar sua sensualidade e imoralidade com conversa de sacrifícios e ofertas. Ela também é casada (embora mulheres solteiras ou casadas possam encaixar-se na descrição). Ela não está satisfeita com o companheiro que Deus escolheu e tem expectativas e desejos que seu marido não pode cumprir (v.19).

           Ao invés de olhar para Deus para preencher as mais profundas necessidades e anseios do seu coração, ela se concentra no que não tem e procura nos outros o atendimento de suas necessidades. Ao invés de derramar amor, atenção e devoção sobre seu marido, ela investe seu coração, energia e esforços em outros homens.

            A mulher de provérbios 7 não é fictícia. Ela vive hoje. Ela é vista nestes tipos de cartas que recebo das mulheres da igreja (alguns detalhes foram modificados):


Eu não amo meu marido já faz muito tempo e me sinto horrível. Eu tive um caso há três anos atrás e terminei tudo para ficar com meu marido por causa de nossos filhos pequenos. Há seis meses, eu comecei a ter um caso com o mesmo homem e me apaixonei por ele. Sei que isso é errado. Ele também é casado, mas não posso imaginar minha vida sem ele.

Está conseguindo ver a tolice aqui? Esta mulher é casada, mas ao invés de investir seus esforços no seu marido, ela colocou seu coração em outro lugar e, como consequência, apaixonou-se por outro homem. Aqui tem outra:


Tenho lutado contra o vício da internet. Houve um tempo em que eu ficava no computador até quinze horas por dia. Era meu jeito de fugir do meu casamento vazio e solitário. Nos últimos meses, travei meu uso da internet. Percebi que estava negligenciando nossos seis filhos e decidi fazer algumas mudanças. Entretanto, conheci um homem maravilhoso numa sala de bate papo. Já nos encontramos cara a cara algumas vezes e estou pensando em deixar meu marido para ficar com este homem.

      Ainda tem outra:


Meu pastor e eu somos muito próximos. Ontem, ele reconheceu, numa sessão de aconselhamento, que estava bastante atraído por mim, mas nunca agiria para realizar seus desejos, pois ele sabia que traria sofrimento. Agora me sinto profundamente atraída por ele. Senhor, me ajude a abandonar isto e me dê sabedoria para estabelecer limites. Eu corto cabelo dele e lhe faço uma massagem uma vez por mês.

            Há cinquenta anos atrás, casos como estes pareceriam extremos, mas hoje não é assim. Como eu ouço mulheres dia após dia, muitas vezes sinto como se estivesse lidando com Humpty Dumpty1: “E todos os homens e cavalos do Rei/ Não conseguiram juntá-lo outra vez”.

           Foi pela graça e poder de Deus, que a mulher envolvida no ultimo relato, foi restaurada. Por isto, precisamos ensinar as mulheres a respeito dos caminhos de Deus nas etapas iniciais antes que elas caiam (ou façam com que outros caiam) em tais armadilhas. Cada uma destas mulheres dirigiu sua atenção e afeição para longe de seu marido e em direção a outro homem com consequências desastrosas.


        4. Nosso exterior revela nosso interior


            Provérbios 7.10 descreve esta mulher como vestida “como uma prostituta” (a manifestação externa) e tendo “astúcia no coração” (a manifestação no coração que produz a exterior).  Nosso semblante, roupas, escolhas e comportamento refletem o que está em nosso coração. O coração invariavelmente afeta a aparência externa. É por isso que a roupa da mulher tola e seu coração são mencionados no mesmo verso.

            “Com enfeites de prostituta”. Embora esta mulher não seja uma prostituta, está vestida como uma. Roupa sugestiva, sedutora, é uma das armadilhas que ela usa para enganar o jovem. Roupas sem modéstia são uma marca da mulher tola. Poucas mulheres hoje, mesmo na igreja parecem compreender o significado ou importância da modéstia.  Ao contrário, temos adotado os padrões e estilos do mundo. Eu olho por aí em algumas reuniões de crentes e fico pensando: “Estas mulheres não sabem que estão se comunicando com os homens pela maneira como se vestem? Onde estão as mães e mulheres maduras que deveriam ser modelos e ensinar o significado da modéstia?” Uma aparência externa modesta reflete a modéstia e um coração sábio. Roupas sem modéstia sugerem um coração tolo e imoral.


            5. Artimanhas do coração


“Astúcia de coração”. A mulher tola tem um coração astuto. Isto fala da sutileza de sua intenção. Ela é sagaz e tem motivos escusos. Está determinada a aprisionar o jovem rapaz.

“Estava alvoroçada e irrequieta; não paravam em sua casa os seus pés. Foi para fora, depois pelas ruas, e ia espreitando por todos os cantos” (Prov 7.11,12)

            A mulher tola tem um espírito alvoroçado e irrequieto. Provérbios 9.13 descreve-a como exibida. Ela não exercita sobriedade ou autocontrole. Ela é agitada e exigente. Sua conduta contrasta com o espírito manso e quieto que para Deus não tem preço. Ela não somente é barulhenta, ela também é “alvoroçada” e “irrequieta”. Ela é teimosa e rebelde contra a lei de Deus e contra a obrigação da moralidade.

“Não paravam em sua casa os seus pés.” Em contraste com a mulher sábia, a mulher tola não fica contente em ser uma cuidadora de sua casa. Ela também não fica satisfeita com onde Deus a colocou. Uma das coisas que o movimento feminista fez com muito sucesso foi levantar o descontentamento nas mulheres quanto a serem aquelas que edificam o lar e convencê-las de que outras buscas podem aumentar seu senso de valor próprio.

Quando meus pais se casaram, minha mãe tinha dezenove anos e meu pai trinta. Decidiram não ter filhos nos primeiros cinco anos de casamento. Porém, dentro de cinco anos eles tiverem seis filhos. Minha mãe adorava meu pai, e ele a ela, que adorava servi-lo e à nossa família. Ela comentou que não sabia que devia ficar infeliz até que as pessoas lhe contaram que ela não tinha que lidar com todas as demandas de sua casa tão ocupada.

Abastecer o coração das mulheres com descontentamento e empurrá-las para fora de suas casas em busca de satisfação e significado maiores resultou em níveis descontrolados de estresse para muitas mulheres que não podem mais sobreviver sem pílulas e terapeutas.

A mulher cuja vida não é centrada lar e no bem estar de sua família, que está constantemente disparando de um lugar para o outro e de uma atividade para outra é mais vulnerável a enredar-se em relacionamentos imorais e tem mais probabilidade de atiçar homens, que por sua vez, são vulneráveis também.

 A maior proteção moral, espiritual e emocional que uma mulher vai experimentar é encontrada quando ela está contente em ficar dentro da esfera que Deus apontou para ela. Isto não quer dizer que ela nunca deixa sua casa, mas sim que seu coração está enraizado em seu lar e que ela põe as necessidades de sua família acima de outros interesses e buscas.

 Esse texto continua na próxima semana. Aguarde! Se perdeu o primeiro texto , segue o link https://mulherdapalavra.blogspot.com.br/2017/08/torne-se-uma-mulher-de-discernimento.html


Nancy Demoss Wolgemuth



Fonte: Revive our hearts. Website: reviveourhearts.com.

Traduzido com permissão. 

Título original:  Becoming Woman Discretion




Tradução: Viviane Andrade

1 N.T. Humpty Dumpty é uma personagem de uma rima enigmática infantil, melhor conhecida no mundo anglófono pela versão de Mamãe Gansa na Inglaterra. Ela é retratado como um ovo antropomórfico, com rosto, braços e pernas. Esta personagem aparece em muitas obras literárias, como Alice Através do Espelho de Lewis Carroll, e também nas histórias em quadrinhos, como na revista Fábulas da Vertigo/DC Comics.



Nancy Leigh DeMoss é apresentadora de dois programas de rádio nos Estados Unidos: Revive Our Hearts [Aviva nossos corações] e Seeking Him [Buscando a Deus]. Seus livros já venderam mais de um milhão de cópias. Tem trabalhado desde 1980 na organização cristã Life Action Ministries. Também é organizadora do livro Mulher Cristã: repensando o papel da mulher à luz da Bíblia, publicado por Vida Nova.

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